domingo, 5 de setembro de 2010

Fogueira Santa Especial

A revolta é o sintoma de que a fé inteligente está em ação


A bíblia diz que Gideão estava malhando o trigo no lagar, lugar onde deveria pisar uva, porque estava escondendo dos inimigos o pouco que tinha. Quando o anjo apareceu para ele, e disse: “O Senhor é contigo, homem valente”, ele respondeu: “Ai, Senhor meu, se o Senhor é conosco, por que tudo isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o SENHOR subir do Egito? Porém agora o Senhor nos desamparou, e nos deu nas mãos dos midianitas.” (Juízes 6.12 e 13)


No intelecto dele havia a consciência do Deus de seus antepassados e de Suas maravilhas: Deus Onisciente, Onipresente e Todo-Poderoso. Isto é, Um Deus que funcionava de fato. Quando Gideão disse que não aceitava a situação, o anjo mandou que ele fosse nessa fé e livrasse a Israel. A força de Gideão estava na sua revolta. Mas esta não estava no seu coração, e sim, na sua mente. Devido a sua fé racional, Gideão era revoltado contra a situação vigente no seu país. Não aceitava crer em um Deus tão Grande e se sujeitar à escravidão imposta pelos inimigos. Sua revolta não era um mero sentimento do coração. Mas transbordava de seu intelecto. Como aceitar a escravidão se dela Deus os havia libertado um dia? Isso é fé inteligente.


Quando ele tocou a trombeta convocando homens para lutar por Israel, 32.000 se apresentaram. E, devido à timidez e ao medo, 22.000 retornaram. Além deles, 9.700 manifestaram a fé protética, a fé removível. Apenas 300 foram escolhidos. Isto é, menos de 1% foi aproveitado. Infelizmente, muitos são mesmo chamados, mas poucos são os escolhidos.


Deus orientou Gideão rodear os inimigos apenas com trezentos homens. Os inimigos eram os midianitas, os amalequitas e todos os povos do Oriente. Eles cobriam o vale como gafanhotos em multidão. A visão física de Gideão era pavorosa, mas a espiritual, gloriosa. Deus fez o terror tomar conta dos inimigos e eles mesmos se mataram.


Isso significa que a revolta é sintoma de que a fé inteligente está em ação. Mas, quando a pessoa se deixa levar pela fé emotiva, ela se acovarda. Aqueles que dizem crer em Deus e não acreditam no sacrifício, vivem no fracasso, pois têm a fé baseada no sentimento. A fé emotiva não tem coragem para tomar atitude concreta. Não tem nem coragem de sacrificar a vida pela salvação, quanto mais para conquistar benefícios. Antes, é covarde e sujeita às circunstâncias adversas.


Deus nos chamou para que fôssemos revoltados contra a opressão, a miséria, mas essa revolta não é contra as instituições, o governo, e sim contra as forças espirituais do mal que atuam nas pessoas e fazem a injustiça prevalecer nesse mundo.


Não pense que só o fato de ser um frequentador de igreja que as promessas de Deus virão sobre a sua vida de forma automática. Não. Você terá de lutar, manter-se revoltado contra a situação, tomar atitudes baseadas nesta fé, que é o que agrada a Deus. Se não houver essa revolta, não haverá resultado.


O que nós queremos fazer, nesta Fogueira Santa Especial, é despertar a fé inteligente que há dentro de cada um e que, muitas vezes, não funciona porque está adormecida pelas emoções. Nós queremos que você desperte, pois, se crê no Deus todo poderoso, Ele tem que se manifestar na sua vida. Quando você age a fé racional, inteligente e se revolta – não com emoção, mas no espírito, na mente –, aí sim acontecem as conquistas prometidas na Palavra de Deus.


Da redação
redacaoiurd@arcauniversal.com

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